Post by ThiagoFilth on Jul 28, 2004 21:59:34 GMT -5
"Pray for your soul...here we are, Mercyful Fate" (king Diamond, antes dos shows)
Nome: MERCYFUL FATE
Origem: Dinamarca (1980)
Criador:King Diamond - Vocal
Formação Original:
King Diamond - Vocal
Hank Shermann - Guitarra
Michael Denner - Guitarra
Timi Hansen - Baixo
Kim Ruzz - Bateria
A história do Mercyful Fate começa um pouco antes de seu próprio nascimento. De todas as características que marcaram o Mercyful Fate, uma das mais identificáveis é a máscara que cobre a face de seu vocalista, King Diamond. King teve a idéia dessa maquiagem demoníaca ao assistir uma performance de Alice Cooper em 1975. Em 1980, King Diamond montou a banda de punk-metal, Brats. Nesse time havia três músicos que depois viriam a formar o Mercyful Fate: os guitarristas Hank Shermann e Michael Denner e o baixista Timi Grabber Hansen. O Brats acabou depois de poucos shows e os quatro membros dividiram-se em dois pares: King e Shermann foram a uma direção para formar um novo projeto, enquanto Denner e Hansen formaram o Danger Zone.
Quando o Danger Zone requisitou a ajuda de King para gravar sua demo, estava aí selado o reencontro dos quatro antigos companheiros. Com a adição do baterista Kim Ruzz, o Mercyful Fate estava formado oficialmente. A banda entrou em estúdio imediatamente e gravaram duas demos: a primeira incluía as músicas "Walking Back To Hell", "Runnig Free", "Black Masses" e "Hard Rocker" e a segunda trazia as músicas "Curse Of The Pharaohs", "Return Of The Vampire", "A Corpse Without Soul" e "Burning The Cross". As demos receberam uma significativa atenção no underground e serviram para marcar o nome do Mercyful Fate na cena metálica. A primeira gravadora com que o Mercyful Fate assinou foi à inglesa Ebony Records, para quem a banda gravou duas músicas na primavera de 1982, sendo que uma dessas músicas, "Black Funeral", foi incluída na coletânea Metallic Storm, enquanto a outra faixa nunca foi lançada. Com isso, a banda ganhou alguma notoriedade e um selo alemão chamado Rave-On lhes deu a grande oportunidade de finalmente gravar um disco. Em dois dias a banda gravou o primeiro mini-álbum, que incluía as músicas "Devil Eyes", "Nuns Have No Fun", "Doomed By The Living Dead" e "A Corpse Without Soul", que apesar de ter sido lançado sem título, hoje é chamado de "Nuns Have No Fun".
No verão de 1983, a banda assinou com a Roadrunner e lançou seu primeiro álbum, "Melissa" (nome de uma caveira que eles carregavam em todos os seus shows, até ser roubada por um fã em Amsterdã) considerado até hoje por diversos fãs como o melhor álbum de toda a carreira do Mercyful Fate. Os vocais selvagens e estridentes de Diamond e as harmonias desenhadas pelas guitarras gêmeas de Shermann e Denner causaram um grande alvoroço no underground musical, catalisando as atenções do público e crítica locais.
O sucesso internacional, no entanto, veio com "Don't Break The Oath", lançado em 1984, que conseguiu ser ainda mais vigoroso e 'demoníaco' que o primeiro, levando o grupo a grandes turnês internacionais, emplacando faixas como "The Oath", "Gypsy" e "Come To The Sabbath". A partir da turnê americana nesse mesmo ano, começaram a surgir desentendimentos entre King e Shermann sobre o direcionamento musical da banda. A turnê foi um grande sucesso e a banda participou do Christmas Metal Meetings, na Alemanha. Nessa época as brigas entre Diamond e Shermann atingiram seu limite e a banda acabou.
King Diamond montou, então sua banda solo, ao lado dos também ex-integrantes Michael Denner e Timi Grabber Hansen, somados ao baterista Mikkey Dee, atualmente no Motörhead, e ao guitarrista Andy La Rocque. Porém, a gravadora Roadrunner lançou um novo disco do Mercyful Fate, "The Beginning", que continha as quatro músicas do EP "Nuns Have No Fun" remasterizadas e três faixas gravadas em um programa da BBC, além de um bônus ("Black Masses").
Até que em 1992, para alegria dos fãs, surge à notícia que Diamond estava tentando reunir o Mercyful Fate. Enquanto a reunião não se concretizava foi lançado o álbum "Return Of The Vampire", uma coletânea de velhas músicas nunca lançadas. A partir daí a banda estava de volta. Além de Diamond nos vocais, a banda contava com Timi Grabber Hansen, Hank Shermann e Michael Denner. O único da formação original que não quis voltar à banda, preferindo continuar seus projetos, foi o baterista Kim Ruzz substituído por Snowy Shaw, que havia entrada na banda solo de King. Surgiram problemas com a gravadora Roadrunner e a banda assinou contrato com a Metal Blade. Em 1993, é lançado o novo disco "In The Shadows", que não teve dificuldades para recuperar o antigo prestígio da banda. Nesse disco o direcionamento das letras mudou um pouco, abandonando o satanismo. Encabeçando o Holland's Dynamo Festival, ao lado de Metallica e Megadeth, o grupo também fez uma bem-sucedida turnê pelos Estados Unidos, com ingressos esgotados.
Logo após a gravação de "In the Shadows" foi lançado um EP, "The Bell Witch", com quatro músicas ao vivo. Após a turnê a banda sobre mais uma mudança em sua formação, com a saída do baixista Timi Grabber Hansen e a entrada de Sharlee D'Angelo. Com a nova formação é lançado em 1994 o novo disco, "Time". No ano seguinte, surpreendendo a todos, mais um disco da banda de King Diamond solo é lançado e o vocalista decide que as duas bandas continuariam existindo. Desde então, o vocalista participa dos dois trabalhos paralelamente.
Em 1996, a formação sofre uma mudança com a saída do baterista Snowy Shaw e a entrada de Bjarne T. Holme. Assim é lançado o disco "Into The Unknown" pelo Mercyful Fate e realizada a 1ª turnê pelas duas bandas em conjunto, prometendo um futuro de muitos decibéis e estórias arrepiantes, para deleite total dos fãs. No fim de 1996, Michael Denner deixa a banda, alegando querer dedicar mais tempo à família. Para seu lugar é convocado Mike Wead. Em 1997 as bandas seguem em turnê conjunta e entram em estúdio para gravar seus respectivos álbuns.
Em 1998, "Dead Again" deu seqüência às histórias macabras, marca registrada do grupo, em músicas como "Sucking Your Blood", "Fear" e "Mandrake". No ano seguinte foi à vez de "9" assustar (no bom sentido) os fãs, nesse que foi considerado um dos melhores álbuns de toda a carreira do Mercyful Fate. Os destaques são "Church Of Saint Anne", "Burn in Hell" e a faixa-título "9". De lá para cá não houve mais lançamentos, apesar da banda continuar existindo, inclusive sem sofrer mais alterações.
Obra Prima:
Melissa - 1983
01 - Evil
02 - Curse Of The Pharaohs
03 - Into The Coven
04 - At The Sound Of The Demon Bell
05 - Black Funeral
06 - Satan's Fall
07 - Melissa