Tvangeste

[Abssynto]

Entrevista concedida ao site www.eyeofshiva.com.br.



Por Elimar "Amraking" Oliveira & Yuri Hamayano

Já ouviram falar sobre o Tvangeste? Não?! Bem, eles não são apenas mais uma banda de Black Metal sinfônico… Você realmente deve ouvir à sua música orquestral vinda das terras da Prússia! Aqui vocês conferem uma conversa com Miron (vocal & guitarra), que nos fala sobre o seu último lançamento, FireStorm! Vamos então adentrar esta grande entrevista e descobrir o eu está por detrás do Tvangeste...

Eye of Shiva – Como surgiu a idéia de formar o Tvangeste e como surgiu o contrato com a World Chaos Prods? O que significa Tvangeste?

Miron - Hails! Na verdade, foi uma grande caminhada até este contrato. Nosso primeiro CD “damnation of Regiomontum” saiu pelo norueguês Valgalder Records. Até onde eu saiba, este álbum atingiu um número razoável de pessoas (até onde tenho conhecimento, tivemos uma boa distribuição através da Evil Horde Rec. – recebemos uma pá de cartas dos metalheads brasileiros). “damnation of Regiomontum” foi como o nosso primeiro passo ao Olimpo Metal. Assinamos um contrato para dois álbuns com a Valgalder, no qual este segundo foi o “FireStorm”. Nos empenhamos para um ótimo trabalho: o gravamos em um estúdio polonês com uma orquestra sinfônica e coral de verdade. Era como em um sonho... mas, por outro lado, um trabalho árduo. Nervosismo... “FireStorm” ficou pronto em fevereiro de 2002. Como se pode perceber, houve quase um ano de atraso... os noruegueses decidiram por vender-nos aos japoneses e fico feliz que nos álbum tenha saído pela WORLD CHAOS. Eles são muito profissionais! Percebi que eles começaram a promoção do nosso trabalho no mesmo instante!

Sobre TVANGESTE… Voltemos ao passado, século XII... Os malditos cristãos comandaram uma jornada por terras prussianas... Sim, era uma outra cruzada regada a sangue para levar o “verdadeiro amor e o verdadeiro deus” aos bárbaros.

Tvangeste foi um pequeno reduto destruído em 1255 pelos guerreiros Teutônicos. Neste lugar foi construído o castelo dos guerreiros, Koenigsberg. A cidade onde moramos; local que amamos; terra que respeitamos...



Eye of Shiva – É bom ver que algumas pessoas ainda valorizam sua própria cultura. Vocês pincelam vossas letras com um pouco dessa história? Algo sobre o ódio contra os cristãos?

Miron – Claro que sim. Há duas idéias centrais em nossas letras:

1 – o triunfo dos livres em mente e a importância da força;

2 – marchas que foram trágica ao passado de nossa Terra mãe.

A Prússia era pequena... mas aqui haviam as maiores minas de âmbar do mundo. Isto explica o porque do interesse cristão em nos conquistar. Nossas músicas são dedicadas à história de nossa Terra, aos guerreiros destemidos que morreram por sua independência.

Eye of Shiva – Interessante vocês terem usado uma orquestra sinfônica de verdade na gravação do álbum, os arranjos ficam mais “fiéis”. Como surgiu esta idéia? Alguém do Tvangeste toca em uma orquestra? Vocês possuem uma grande cultura erudita na Prússia? Mas quando for o caso de uma apresentação ao vivo vai ser difícil ter sempre acesso a uma orquestra pra reproduzir com a mesma fidelidade o que foi gravado, isso não pode ser um problema?

Miron – Sim, trabalhar com uma orquestra de verdade era um sonho, vez que este trabalho permite uma expansão de nossos horizontes musicais. Nossa violinista Katya estava na Baltic Symphony Orchestra, então, graças a ela, conseguimos um acordo com eles. Como você sabe, os músicos clássicos são bem sépticos com relação a sua participação em outros estilos musicais. Seu pensamento é de que a música clássica é suprema, todos os outros estilos não são sérios, primitivos e não merecem sua atenção. Bem, estou feliz por todos os músicos clássicos terem concordado trabalhar com o Tvangeste. Isso lhes mostrou o quanto o Metal pode ser complicado e interessante.

Há há... “tocar com uma orquestra real em tocos os shows”... Engraçado... Acredito que mesmo o Dimmu Borgir não teria a possibilidade de cobrir um custo tão alto... na verdade utilizaremos o mesmo recurso que Dimmu e therion... Tocaremos com fonogramas das partes que apresentam o coro e orquestra. Certa vez presenciei o seu uso em uma apresentação do Dimmu Borgir... honestamente, não fiquei impressionado, vez que aquilo não era o som de uma orquestra de verdade, mas, como não somos o SCORPIONS, não podemos viajar com uma orquestra de verdade...

Eye of Shiva – O Black Metal praticado por vocês abrange influências de Cradle of Filth e Dimmo Borgir como já mencionado (ver comentário no Review de Cd’s), por conta disso acho eu que vocês devem enfrentar várias críticas negativas por parte do pessoal mais radical da cena, qual sua opinião sobre esse tipo de postura? E até que ponto isso os incomoda?

Miron – Tivemos críticas extraordinárias... (na verdade, o seu comentário é o pior que conseguimos até agora em centenas... he he) “Firestorm” foi premiado “Álbum da Semana” no canal da TV inglesa “CHANNEL 4”, recebemos 10/10 em diversos metal magazines, “Melhor Álbum de Black Metal de 2003” / “Melhor Ato Black Metal” nos países do CIS. Recebemos 15/15 no maior metal magazine alemão, LEGACY (apenas Tvangeste e Morbid Angel o conseguiram este mês!). Fomos entrevistados por quase todos os metal magazines na Europa e grande parte das mídias metais nos EUA.

Continua em baixo...

[Abssynto]

Odeio qualquer comparação ao Cradle ou Dimmu Borgir, mas desde que tocamos o mesmo estilo e elas são os maiores expoentes no gênero, o fato é mais que entendível. Canto com vozes diferentes (completamente diferente do timbre de Dani!!!). Tocamos o symphonic black metal que CoF e Dimmu tocam, mas possuímos uma estrutura de temas musicais mais complicada. Tentamos fazer uma música diferente – você será capaz de tirar 2-3 sons normais do Dimmu de um nosso. Utilizamos orquestra real, totalmente diferente do modo praticado por ambas estas bandas. Nossa meta não é “tocar tão mau quanto possível”... criamos álbuns conceituais, logo você encontrará diferentes sentimentos em nossa música: amor, ódio, mau e amizade, esperança e destino.

A mente humana tem uma sede constante de traçar comparativos. O melhor remédio para isso é escutar a 2-3 faixas do CoF e após 2-3 do nosso trabalho – a diferença será clara.

Eye of Shiva – Teve alguma coisa no álbum que não agradou no resultado final? Percebi que o baterista usou “trigger” pra gravar o instrumento dele, corrija-me se eu estiver equivocado, particularmente o timbre final da bateria não me agradou, não quero dizer que comprometeu, mas acho que no modo convencional ficaria mais original, de qualquer forma qual sua opinião a respeito?

Miron – Na verdade, esta é, absolutamente, sua opinião... A bateria foi gravada por um virtuoso batera polonês. A Valgalder Rec. pagou muito dinheiro para contrata-lo (Cezar da Dominium). Eu não acho que o bumbo soa ruim, vez que foi um trabalho totalmente humano, sem a utilização de merda de trigger e outros truques que “ajudam” os músicos... Acho que toda a bateria soa m pouco alta, mas de forma mágica. Isso porque houve grandes problemas com a sincronização do nosso trabalho em estúdio. Gravamos as partes da orquestra e coro em Kaliningrad, no estúdio TV4, e as partes Metal na Polônia, no estúdio SELANI. Isso nos proporcionou os piores problemas na sincronização. Para solucionar isso, mixamos toda a bateria em uma faixa apenas e as guitarras em outra... após, o nosso engenheiro de som trabalho insanamente (trabalhamos entre 15 e 20 horas por dia!) – ele conseguiu consertar as faixas da orquestra... cortou todas as faixas em partes menores e as sincronizou APENAS COM SUA MÃOS! Assim, ocorreram problemas com a bateria... é difícil escutar os pratos, por exemplo (não a pudemos deixar em volume mais alto, pois todas as peças estavam em uma única faixa)... mas como falei anteriormente: foi uma grande mágica ter este CD pronto e lançado!

Eu não gosto do meu trabalho (o som de guitarras não está muito bom), mas não posso culpar o trabalho perfeito de Cezar!

Eye of Shiva – Vocês poderiam nos falar um pouco mais sobre a cena metal na Prússia?

Miron – Temos algumas bandas grandiosas por aqui. Dis Pater (Gothic Doom) é uma verdadeira líder entre a sociedade Doom e a cena Metal prussiana. Eles possuem, muito talento e profissionalismo. A população Metal nesta região que habitamos não é muito grande, mas possuímos uma grande banda, ao menos, para cada estilo Metal. Cito, então, as melhores bandas (aquelas que merecem ser citadas): ROMOWE RIKOITO (Dark Wave), BLEEDING SKY (Black Death).

Eye of Shiva – O álbum Firestorm está detonando na cena mundial! Como foi que surgiu o convite para incluir algumas músicas na trilha sonora do filme canadense “Sinner and Saints”?

Miron – Estamos bastante orgulhosos pelo fato de o Tvangeste estar atraindo cada vez mais a atenção da massa Metal! O estúdio canadense ROBO MONKEY PRODS nos convidou a participar da trilha sonora do filme de ação “SINNERS AND SAINTS”, com uma faixa do “FireStorm”. Também conversamos sobre uma cooperação futura. Eles estão interessados em faixas orquestradas e com coro para serem utilizadas nos próximos lançamentos.

Eye of Shiva – Existem planos de uma turnê fora da Europa para a promoção deste álbum?

Miron – Recebemos entre 5 e 10 ofertas para uma turnê em volta ao mundo. Na verdade não podemos aceita-las no momento por causa de problemas com nossos vistos. Além disso, há duas semanas atrás nosso guitarrista recebeu um comunicado para não deixar a cidade por causa de um terrível acidente. Não posso dar maiores detalhes, mas a polícia pensa que ele possa ter assassinado uma pessoa e não posso avaliar a veracidade do fato. Merda! Adoraríamos tocar em um show no Brasil – recebemos algumas propostas do seu país, mas nossos problemas internos ainda nos impossibilitam de faze-lo.



Eye of Shiva – Recentemente foi cancelado um show em Moscow do Cradle of Filth onde vocês também participariam. A crise na Rússia e no leste europeu tem atrapalhado uma maior repercussão e conseqüentemente uma maior divulgação das bandas de Metal desses países, como vocês por exemplo?

Miron – Honestamente, não apenas penso, mas acredito que seja exatamente da forma que você mencionou! É horrível, mas se Tvangeste fosse uma banda do oeste, seríamos, com certeza, muito mais conhecidos. Possuímos a mesma qualidade musical e a mesma capacidade em composição que muitas bandas de Metal. Não quero dizer que “somos os melhores”, ou algo do gênero. Apenas trilhamos o nosso próprio caminho no mundo Metal e estamos orgulhosos por poder criar boa música. Infelizmente, vivemos no lugar errado... Não possuímos a metade dos recursos que possui cada banda do oeste. Continuamos utilizando instrumentos baratos e não podemos visitar os EUA, Canadá, Inglaterra, etc., uma vez que nossos vistos não podem ser expedidos. É muito difícil ser concedido o visto a oito pessoas (a equipe do Tvangeste é grande!). É difícil tentar explicar todos os problemas e, para ser sincero, não quero comentar sobre coisas tristes. Uma vez, Jakie Chan disse: eu era a pessoa certa no momento certo. Então, “somos como pessoas certas no lugar errado” – isso é muito triste.

MUITÍSSIMO OBRIGADO PELA ENTREVISTA!!! TVANGESTE HAILS PARA TODOS!

www.tvangeste.com

[AndyLaRocque]

Formado em 1996, na Prússia, o Tvangeste apresenta neste seu segundo álbum, oito faixas incluindo uma intro que abre o disco, de um Black Metal influenciado por Therion e Cradle of Filth. Porém, engana-se quem achar que o som se resuma apenas a essas influências, muito pelo contrário, suas influências passeiam desde a música clássica até o Metal mais extremo de uma bem singular, o que resulta num trabalho muito interessente, bem orquestrado, com a bela melodia de flautas e violinos e com bastante coros líricos unidos a um vocal rasgado bem intrigante que lembra muito Danni Filth em sua melhor forma. A produção gráfica é acima da média, o encarte é muito bem feito, o material usado deixa a impressão de ser um livro antigo, boa sacada. A produção sonora também não fica atrás, eu só não gostei muito do método usado para a gravação da bateria (o trigger), não que isso tenha comprometido, mas se fosse do outro modo esse álbum teria nota máxima. O destaque fica por conta das músicas “Fire in your Hearts” e “Godless Freedom” que resumem tudo que falei sobre esta ótima banda, vale a pena conferir.

[Gorgoroth]

cara, nunca ouvi essa banda, é boa?

[Abssynto]

AndyLaRocque said:

Ae Abyssynto !!
Valeu pela entrevista, nunca tinha lido nenhuma entrevista com o 'Tvangeste'.

...Essa banda é muito boa...
...Um colega meu comprou esse 'FireStorm' original, putz o encarte é dukaraio, o trabalho gráfico é excelente e ainda tem fotos da Prússia. fucking Rules !!!

Eu conheci a banda depois que vc falow dela aki no fórum, e tb o Stormlord, hehe !! Ainda naum tenho muuuita coisa da banda, mas eu gostei pacas !!
E eu nem sabia que existia essa Prússia !! É mole ?! Vo da uma pekisada na net, hehe...

[AndyLaRocque]

Gorgoroth said:

cara, nunca ouvi essa banda, é boa?

Com certeza !! Tu curte COF, então tu vai curtir essa banda.
No site ae do www.eyeofshiva.com.br tem uma full mp3 dessa banda. Baixa lá.

[Abssynto]

Gorgoroth said:

cara, nunca ouvi essa banda, é boa?

Eu gostei pacas !! Dá uma olhadinha no site deles, que tem mp3 e clipes !!
www.tvangeste.com

[Gorgoroth]

Eu gostei pacas !! Dá uma olhadinha no site deles, que tem mp3 e clipes !!
www.tvangeste.com

tranquilo! Depois vou dar uma olhada e baixar algumas mp3!

[Dudu]

eu tb jah to catando umas mp3 deles, eles foram recomendados pelo andy hein... entao a coisa deve ser boa, rsrs

[Abssynto]

DuDuFiLtH said:

eu tb jah to catando umas mp3 deles, eles foram recomendados pelo andy hein... entao a coisa deve ser boa, rsrs

Aê Andy, que moral, hein ??

[Dudu]

Abssynto said:

Aê Andy, que moral, hein ??

uhauhauhahauhuaauha, pelo menos até hj ele nunca falou nenhuma banda ruin neh... to mentindu? falu mermu...

[Abssynto]

A PRÚSSIA

"A Prússia surgiu na região chamada na Alemanha de Prússia Oriental, onde antigamente, antes de ser germanizada com a anexação pelos príncipes de Brandenburgo, vivia o povo eslavo dos Pruzzens. Com o segundo rei, Frederico II, ela virou uma potência, com a anexação de regiões do leste, que hoje pertencem a República Tcheca, Polônia, Hungria e de todo o resto da Alemanha, com exceção do sul da Baviera, que era o maior inimigo da Prússia. Alguns historiadores dizem que o seu fim ocorreu em 1871, quando o rei prussiano Wilhelm I foi declarado imperador alemão. Outros dizem que foi em 1918, com o fim da monarquia (prussiana). Outras versões dizem que foi em 1932, quando o chanceler Franz Von Pappen derrubou o governo democrático prussiano. Mas a Prússia saiu definitivamente dos mapas depois da capitulação alemã, em 8 de maio de 1945. Como herança cultural, nunca deixou de existir em Berlim. Um dos mais ricos aglomerados de museus e tesouros de arquitetura é a Fundação Cultural Prussiana."

Jornal "O GLOBO" de 25 de março de 2002.

[Dudu]

legal a info sobre a prussia hein, rsrs

[Abssynto]

O símbolo da banda:



A banda:



O 1º CD, damnation Of Regiomontum:



O 2º CD, Firestorm:

[Dudu]

eu catei umas musicas deles, achei mto foda, e sao mto grande a maioria tem mais de 10 min, mas nao eh cansativas, elas mudam de ritmo de uma hora pra outra parece q sao varias musicas em uma, mto